quinta-feira, 10 de abril de 2014

Oferecer os Movimentos Errados

"A invés de direcionar [os movimentos errados] para o subsolo, eles devem ser oferecidos. Quero dizer colocar a coisa, o movimento em si, projeta-lo para dentro da luz... Geralmente ele se esquiva e se recusa! Mas (a Mãe ri) este é o único caminho. É por isso que esta Consciência é tão preciosa... Bem, o que leva à supressão é a idéia de bem e mal, uma espécie de desprezo ou vergonha por aquilo que é considerado mal, e você faz assim (gesto de repulsão), você não quer ver aquilo, você não quer que aquilo esteja ali. Você deve... A primeira coisa – a primeira coisa a se fazer é conceber que é a fraqueza de sua consciência que faz esta divisão e que existe uma Consciência (agora eu tenho certeza) na qual isto não existe, na qual o que chamamos de “inferno” é tão necessário quanto o que chamamos de “bom”, e que se podemos projetar nossa sensação – ou nossa atividade ou nossa percepção – para dentro da Luz, isto trará a cura. Ao invés de suprimir ou rejeitar o movimento como algo a ser destruído (ele não pode ser destruído!), ele deve ser projetado para dentro da Luz. E por causa disto eu tive por vários dias uma experiência bastante interessante: ao invés de procurar jogar longe de si algumas coisas (que não se pode aceitar, e que produzem um desequilíbrio no ser), ao invés de fazer isto, para aceita-los, torná-los parte de si e... (a Mãe abre suas mãos) oferecê-los. Eles não querem ser ofertados, mas existe uma forma de compeli-los: a resistência é diminuída na proporção do quanto podemos diminuir em nós o senso de desaprovação; se podemos substituir este senso de desaprovação por uma compreensão mais elevada, então, somos bem-sucedidos. É muito mais fácil.

            Eu acredito nisto. Tudo, todos os movimentos que o arrastam para baixo devem ser colocados em contado com uma compreensão mais elevada."

do livro: The Sunlit Path
A Mãe


terça-feira, 1 de abril de 2014

O Vital. Texto para observar-se


Há quatro partes do ser vital – primeiro, o vital mental que dá uma expressão mental através do pensamento, da fala ou de outra forma para as emoções, desejos, paixões, sensações e outros movimentos do ser vital; o vital emocional que é a sede de vários sentimentos, como amor, desfrute, pena, raiva, e outros; o vital central que é a sede dos impulsos e reações vitais mais fortes, ex. ambição, orgulho, medo, amor à fama, atrações e repulsões, desejos e paixões de vários tipos e o território de muitas energias vitais; por último, o vital inferior que é ocupado com os pequenos desejos e sentimentos, fazendo um grande papel na vida diária, ex. Desejo de alimentos, desejo sexual, pequenas coisas que se gosta, ou não se gosta, vaidade, rixas, gostar de elogios, colocar culpa nos outros, pequenas vontades de todos os tipos – e uma infinidade de outras coisas. Seus respectivos sítios são: (1) a região da garganta até o coração, (2) o coração (que é um centro duplo, pertencendo na superfície ao emocional e ao vital e na profundidade ao psíquico), (3) do coração ao umbigo, (4) abaixo do umbigo.

*

“..deve haver um momento (na vida de uma pessoa) que o homem deve olhar para baixo da superfície obscura de seu ser egoísta e tentar conhecer a si mesmo. Ele deve tentar encontrar o homem real: sem isto ele ficará parado na educação primária da Natureza e nunca atingirá seus ensinamentos mais profundos e maiores; independente de seu conhecimento prático e de sua eficiência ele será apenas um animal um pouco melhorado. Primeiro, ele deve voltar seus olhos sobre sua própria psicologia e distinguir seus elementos naturais, - ego, mente e seus instrumentos, vida, corpo, - até descobrir que sua inteira existência se faz na necessidade de uma explanação diferente do trabalho dos elementos da natureza e em um objetivo para suas atividades diferente de suas auto-afirmações e satisfações egoístas.”

do livro: The Vital (Teh Life-force, Prana) Know Thyself - 1 (words of Sri Aurobindo)

Comece de fora


 

Todas as forças sobre a Terra tendem a querer se expressar. Estas forças vêm com o objetivo de se manifestar e se você coloca uma barreira e se recusa a expressá-las, elas podem tentar bater contra a barreira por um tempo, mas no final, irão se retirar e não sendo manifestadas, irão deixa-lo em paz.

            Desta forma você nunca deve dizer: “Irei primeiro purificar meu pensamento, purificar meu corpo, purificar meu vital e então mais tarde, vou purificar minha ação.”. Esta é a ordem normal, mas isto nunca dá certo. A ordem efetiva é começar por fora: “A primeira coisa é eu não faço, e depois, eu não desejo mais e depois eu fecho minhas portas completamente para todos os impulsos: eles não existem mais para mim, eu estou fora disto tudo”. Esta é a ordem verdadeira, a ordem em que é efetivo. Primeiro, não faça. E então você vai deixar de desejar e depois, o impulso sairá completamente de sua consciência.

do livro The Sultit Path - Passagens de Conversas e Escrituras da Mãe

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Om Purnam – o Mantra da Plenitude


“OM - PURNAMADAH PURNAMIDAM PURNAT PURNAMUDACHYATE.
PURNASYA PURNAMADAYA PURNAMEVAVASHISYATE.”

Significado:

OM - O que é pleno, isto é Plenitude, da plenitude surge o que é Pleno
Se o Pleno é subtraído da Plenitude, a inda assim o Plenitude permanece Plena

Mantra

"Om Namoh Bhagavate Sri Aurobindaya"
tradução:
Salve Sri Aurobindo


segunda-feira, 7 de maio de 2012

A Lei do Sacrifício, por Sri Aurobindo

A lei do sacrifício é a ação divina comum que foi disseminada no mundo em seu começo como um símbolo da solidariedade do universo. É pela atração dessa lei que um poder divinizador salvador desce para limitar e corrigir e gradualmente eliminar os erros de uma criação egoística e auto-dividida. Essa descida, esse sacrifício do Purusha, a Alma Divina se submetendo à Força e à Matéria, afim de animá-las e iluminá-las, é a semente de redenção deste mundo de Inconsciência e Ignorância.

Fonte: A Síntese do Yoga, Parte I - O Yoga dos Trabalhos Divinos; Capítulo IV -
O Sacrifício, o Caminho Tríplice e o Senhor do Sacrifício

sexta-feira, 16 de março de 2012

A importância da consagração dos trabalhos

"Mesmo para aqueles cujo primeiro movimento natural é uma consagração, uma entrega e uma resultante transformação inteira da mente pensante e seu conhecimento, ou uma consagração, entrega e transformação totais do coração e suas emoções, a consagração dos trabalhos é um elemento necessário nessa mudança. De outro modo, embora eles possam encontrar Deus em outra vida, eles não serão capazes de realizar o Divino na vida; a vida para eles será uma inconseqüência não-divina sem sentido. Não será para eles a verdadeira vitória que deve ser a chave do enigma de nossa existência terrestre; seu amor não será o amor absoluto triunfante sobre si, seu conhecimento não será a consciência total e o conhecimento todo-abrangedor."

Sri Aurobindo

Fonte: A Síntese do Yoga, Parte I - O Yoga dos Trabalhos Divinos; Capítulo III - Auto-Entrega nos Trabalhos - O Caminho do Gita