"Nós reconhecemos então, nos desenvolvimentos antigos do Yoga, uma tendência especializada e separada que, como tudo na Natureza, teve sua utilidade justificada e mesmo imperativa e nós buscamos uma síntese de objetivos e métodos especializados que deve, como conseqüência, vir a ser. Mas para que possamos ser sabiamente guiados em nosso esforço, devemos conhecer primeiro, o princípio geral e o propósito por detrás deste impulso separativo e, a seguir, as utilidades particulares sobre as quais o método de cada escola do Yoga está fundamentado. Com relação aos princípios gerais devemos interrogar os trabalhos universais da Natureza em si, reconhecendo nela não apenas a atividade meramente especial ou ilusiva de uma Maya que distorce, mas a energia cósmica e o trabalho do próprio Deus em Seu ser universal sendo formulado e inspirado por uma Sabedoria vasta, infinita e mesmo minuciosamente seletiva, prajñã prasrtã purãni do Gita, Sabedoria originada do Eterno desde o início. Com relação às utilidades particulares devemos lançar um olhar penetrante sobre os diferentes métodos do Yoga e distinguir dentre a massa de seus detalhes a idéia governante à qual eles servem e a força radical que dá nascimento e energia a seus processos e efetuação. Em seguida, poderemos mais facilmente encontrar o princípio comum e o poder único comum a partir do qual todos derivam seu ser e suas tendências, em direção à qual tudo se move subconscientemente e na qual, entretanto, é possível para todos se unificarem conscientemente."
Fonte: A Síntese do Yoga, Introdução - As Condições da Síntese; Capítulo II - Os Três Passos da Natureza
Neste trecho, Sri Aurobindo descreve a linha de raciocínio que conduziu à criação do seu Yoga, que sintetiza em si a idéia governante e o princípio comum que unifica todos os yogas - O Yoga Integral
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